INVEJA
Inveja é descontentamento
Para com o outro em seu bem
E o desejo violento
De possuir o que o outro tem.
É não querer que o outro tenha
Uma coisa determinada
O invejoso desdenha
Da pessoa abençoada.
É querer que o outro não tenha
Algo que o satisfaz
É querer que o outro não obtenha
Certa honra, bem ou paz.
A inveja é tristeza
Pela glória que o outro tem
É mais que indelicadeza
E amargura contém.
Inveja é não querer ver
O bem estar de alguma gente
É querer ver retroceder
Quem prosperou felizmente.
Inveja é má vontade
Para com um semelhante
É não querer a felicidade
Do outro mas velo errante.
A inveja é tão vil
Que a quem a tem envergonha
É contra as bênçãos mil
De alguém que a elas se exponha.
É desejar com alegria
Ver o outro em desgraça
É contra a paz e harmonia
Não tem princípios nem graça.
É qual cadela raivosa
Que até morde em quem a tem
Morde a alma mais formosa
E ladra sempre a alguém.
A inveja é maliciosa
Sorrateira e dissimula
Caprichosa e venenosa
Quem a tem não a regula.
Duradoura e resistente
Calculista e incontrolável
Ela afecta tanta gente
Até é insaciável.
Inveja é algo doentio
É a dor do cotovelo
Não tem beleza nem brio
Até perturba o que é belo.
Fariseus e Saduceus
Por inveja acusaram Cristo
Mataram o Filho de Deus
Pilatos consentiu isto.
Contra este grande mal
Há pois uma solução
Um arrependimento real
Fé em Cristo e conversão.
Luís Correia